A terapia baseada em células é uma promessa imensa para o tratamento de uma ampla variedade de doenças que atualmente têm tratamento limitado ou nenhum tratamento disponível. As oportunidades para a tradução clínica de produtos celulares estão a tornar-se maiores a cada ano, com diferentes terapias celulares e genéticas autólogas e alogénicas para a medicina regenerativa e o tratamento do cancro, algumas das quais já foram licenciadas. No entanto, estes “medicamentos vivos” requerem padrões de qualidade rigorosos, bem como instalações de produção de células GMP e métodos avançados de cultura celular para uma manipulação segura. Isto leva a um aumento nos custos e torna a acessibilidade um problema tanto para os pacientes como para os prestadores de cuidados de saúde.
A cooperação entre governos, empresas/indústrias, médicos e cientistas é, portanto, necessária para tornar estas tecnologias mais eficientes, mais simples e menos dispendiosas. Um banco internacional de cordão umbilical (UC) celebrou recentemente um acordo de licença com a Duke University (EUA) para desenvolver terapias de sangue e tecido do cordão umbilical para crianças e adultos com doenças para as quais existem terapias aprovadas limitadas até à data, incluindo paralisia cerebral, autismo, e outras condições neurológicas. Esta cooperação entre a empresa e o centro clínico permitirá que os pacientes recebam estes tratamentos durante os ensaios clínicos ou como parte de um protocolo de acesso expandido e fará a transição para atender à aprovação regulatória de tais protocolos de forma mais oportuna. Na verdade, superar os requisitos regulamentares e garantir a biossegurança dos os produtos de terapia celular ainda exigirão o desenvolvimento de uma série de ensaios clínicos. Avanços neste campo foram feitos no Brasil; o trabalho conjunto entre universidades, grandes hospitais de referência, a ANVISA e o Ministério da Saúde permitiu até o momento o avanço dos ensaios clínicos e o uso da terapia celular compassiva, como as células CAR-T em pacientes com leucemias e linfomas.
Isso, por sua vez, levou a um consenso e à criação de diretrizes para a implementação de tais terapias no Brasil . Tais medidas irão, sem dúvida, abrir caminho para o desenvolvimento e aplicação destas terapias celulares e genéticas noutras doenças e patologias. Nesse sentido, a experiência dos bancos de células e tecidos na fabricação de produtos celulares com BPF pode ser melhor utilizada para auxiliar nos aspectos relacionados à manipulação, regulação, acesso e aprimoramento de terapias translacionais.
À medida que o campo da terapia celular avança no Brasil, questões-chave exigirão atenção especial, como instalações adequadas para desenvolver e caracterizar de forma robusta produtos celulares, pessoal qualificado, disponibilidade e custos de reagentes, que ainda são em sua maioria importados, e financiamento para desenvolver e transportar realizar estudos maiores e maiores. Esses avanços nos permitirão transformar essa terapia personalizada em um produto “pronto para uso” para atender o maior número possível de pacientes nos sistemas de saúde público (SUS) e privado no Brasil.
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